Duas corridas e duas histórias de brazucas e portugas

Wemerson_Patricia e galera na Meia das Cataratas Foto_Nilton_Rolin * Wemerson Augusto Nos últimos dois meses tive o prazer de correr dua...

Wemerson_Patricia e galera na Meia das Cataratas Foto_Nilton_Rolin
* Wemerson Augusto
Nos últimos dois meses tive o prazer de correr duas meia-maratonas, realizadas em lugares considerados Patrimônios Mundiais da Natureza pela UNESCO. Uma no Brasil, a Meia das Cataratas, e, em Portugal, a Meia do Douro Vinhateiro. Ambas corridas fantásticas que os corredores do mundo precisam conhecer.
Cenários e percursos surreais. De um lado, a força das Cataratas do Iguaçu jorrando água e energia; do outro, o Rio Douro e seus morros históricos que cheiram à história.
Mesmo extasiado pela adrenalina dos trechos, cravei nas duas provas marcas invejáveis; e, mais, todas com aval do antidoping. Em nenhuma delas, os quenianos me ultrapassaram, muito menos eu os ultrapassei. Lá e aqui, fiquei apenas uma hora e cacetada atrás dos primeiros colocados.
A primeira fase da saga começou no domingo, 22 de maio, em Portugal, na cidade de Peso da Régua. Logo cedo a temperatura já batia a casa dos 30 graus. Na hora da largada provavelmente a sensação era de 35 graus. Na rua uma multidão de ‘portugas’ enlouquecidos por corrida. Para desespero da Cataratas Runners, largamos com a elite do atletismo. Acompanhei os atletas de ponta por 30 segundos.
Já na Meia das Cataratas, realizada em Foz do Iguaçu, Brasil, no domingo, 3 de julho, com a temperatura de 8 graus, cerca de 1.800 corredores enfrentaram o desafio mais fascinante do ano. No meio do turbilhão de gente, eu buscava um lugar para viver a experiência de “video-repórter-corredor-amador”, sem meia e canela fina, como disse um dos jornalistas que trabalhavam na cobertura da corrida.
Em Portugal, o grupo Cataratas Runners estava confiante, porém os quenianos não estavam para brincadeira. O semblante dos meninos do Quênia era de uma grande disputa. Eles pensavam que nos éramos corredores de alto rendimento. Eu sofri para ficar entre os cinco primeiros. Leia-se entre os brazucas. Se não me engano tinham seis na prova.
Talvez se a largada fosse antes das 11 horas eu tivesse melhorado o ritmo. Na Meia das Cataratas, com uma câmera na cabeça, cheguei entre o pelotão das duas horas. As imagens tremiam como a batida do coração. Talvez, assistindo ao vídeo que gravei, você sinta um pouco desta emoção.
Quando se corre pelo prazer de vencer, seja qual for a colocação, tempo ou lugar, as companhias são fundamentais. Na terra lusitana contei com a companhia de Tadeu, Arthur, Alemãozinho e Jorge. Na Meia das Cataratas tive a ilustre presença da minha esposa, Patricia, estreante nos 21 quilômetros.
Sinto quente na minha memória as batidas dos tênis, do outro lado do Atlântico, que remetiam às pisadas dos trabalhadores das vinhas do Douro Vinhateiro. O tempo estava seco e cheirava à história. Em Foz do Iguaçu as pisadas dos corredores me recordavam as pegadas das diversas espécies que percorrem a imensidão do Parque Nacional do Iguaçu. O clima estava úmido e propiciava o deleite em meio à natureza.
Wemerson Augusto é jornalista em Foz do Iguaçu (PR).

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